A Epistemologia é também conhecida como teoria do conhecimento é um ramo da filosofia que trata dos problemas fisiológicos relacionados à crença e ao conhecimento. Assim sendo, a epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento. A epistemologia relaciona com outras áreas da filosofia avalia a consistência lógica da teoria e sua coesão factual.
A Comunicação é um campo de conhecimento académico que estuda os processos de comunicação humana.
Assim, a Epistemologia da Comunicação aparece para nos ajudar a compreender o que é a comunicação.
Codificação verbal e não-verbal
Estes são os dois tipos de comunicação, pelo qual as pessoas podem expressar o seus sentimentos e ideias.
A linguagem verbal compõe-se de verbetes. É a linguagem que usa a língua-mãe. Utilizada em todo o mundo, ou seja, em cada país é utilizada a sua própria língua, seja ela qual for - português, espanhol, russo, alemão, francês, etc.. A este tipo de linguagem estão associados dois tipos, sendo eles, a fonética (oralidade) que é a linguagem que usamos todos os dias a todas as horas para comunicar e nos expressar através de palavras, mais propriamente oralmente em debates no trabalho, em conversas sobre os mais variados assuntos, em pedidos, etc.; e a escrita, esta por sua vez é a linguagem que usamos quando queremos escrever alguma coisa, como por exemplo, deixar um recado, enviar um fax, escrever um livro, etc.
Ao contrário da verbal, na linguagem não-verbal não se utiliza a oralidade das palavras para se comunicar. Neste caso, o objectivo não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas sim a utilização de outros meios comunicativos, como por exemplo, figuras, gestos, objectos, cores, placas.
A expressão de sentimentos está presente nestes dois tipos de linguagem, completando-se por vezes, uma com a outra, pois a nível corporal e oral podemos fazer comparações, tirar elações para certos tipos de comportamentos, por exemplo quando uma pessoa dialoga com outra e está nervosa pode conseguir controlar a voz para não gaguejar ou ter uma boa oralidade que consegue fazer as frases de maneira a que não se note o nervosismo, mas por outro lado pode estar corporalmente a fazer gestos de maneira a que se perceba o seu nervosismo ou tensão.
Estes dois tipos de linguagem podem também aparecer ao mesmo tempo como no caso das bandas desenhadas, cartoons, anúncios publicitários, entre outros.
Em suma, um texto narrativo, um livro, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisivo, um bilhete? Linguagem verbal! Mas, o semáforo, o apito do arbitro num jogo de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta das casa de banho, as placas de trânsito? Linguagem não-verbal!
A comunicação
Na comunicação linguística temos a necessidade de utilizar vários elementos, elementos esses que obrigatoriamente obedece a uma ordem lógica de necessidades, por exemplo, se começar-mos por dizer que para existir comunicação precisamos de um receptor, somos obrigados a ter um emissor, que por sua vez obriga a que haja uma mensagem, ou seja, não podemos ter uns sem os outros. Em suma são necessários estes elementos para a comunicação, o emissor, (que transmite) a mensagem (até ao) receptor.
No processo de comunicação:
- Chama-se de emissor aquele que tem uma mensagem a transmitir ou comunicar, ou seja ele será considerado a origem.
- Chama-se de mensagem à informação ou ideia que o emissor deseja transmitir.
- Chama-se de receptor aquele que irá receber a mensagem, proveniente do emissor, através do canal de comunicação em forma de código. Esta por sua vez está sujeita á interferência do ruído, caso este aconteça, será necessário o uso da redundância para que a mensagem seja descodificada e percebida na íntegra. É através do feedback que o emissor verifica se a sua mensagem foi recebida com sucesso.
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Entropia
É um conceito que esta ligado à informação, assim como a outras áreas do saber, nomeadamente à termodinâmica. A entropia, na comunicação é o grau de desorganização da mensagem, ou seja, através da sua desorganização ela proporciona a interligação, disponibilizando informações entre as demais áreas do saber, como por exemplo, das Ciências às Físicas.
Redundância
Este termo é associado ao excesso ou repetição excessiva. Deste ponto de vista, redundância não é nada mais nem menos que repetição de informação. Segundo, Dr. Manuel João Vaz Freixo em “Teorias e Modelos da Comunicação” “Quando há interferência na linha telefónica, nós repetimo-nos, chegando à situação limite de soletrar-mos as palavras: dizemos «P» de Paulo, «H» de Helena, etc”, isto derivado a quê, ao ruído, pois este foi o causador principal pela qual precisamos de utilizar a redundância no seu limite (letra a letra), porque a mensagem não esta a chegar ao receptor nas melhores das condições.
Podemos dizer que quando não existe informação repetida estamos perante uma informação de baixa redundância, como por exemplo, na maior parte dos anúncios publicitários televisivos, verifica-se o contrário, quando é feita a publicidade a um determinado produto pessoalmente, ou ainda a exposição de uma determinada matéria aos alunos.
Ruído
É considerado ruído tudo aquilo que serve como obstáculo e por sua vez prejudica a passagem de uma mensagem, como por exemplo as falhas ou a “chuva” nas linhas telefónicas e de tv, pois devido a esses “problemas” as mensagens não chegam ao receptor em perfeitas condições. Segundo Dr. Manuel Vaz Freixo até os ramos das árvores podem ser considerados ruído, isto se estiverem a afectar a visibilidade de sinais de trânsito, pois os condutores podem não estar a respeitar as regas de trânsito devido á não visualização dos sinais. Assim sendo, e como seguimento do seu pensamento podemos enunciar inúmeros exemplos de ruído ou situações onde o ruído estará presente e a prejudicar as acções.
Exemplos:
- Jogador de futebol – perturbado por um laser ou pelo arremesso de objectos para o campo onde decorre o jogo.
- Na construção civil – quando um operário não consegue perceber a informação devido a um martelo pneumático, betoneira, berbequim ou compressor a trabalharem.
- Na escola – quando a turma não esta em silêncio, estando o professor a explicar uma matéria.
- etc…
Em suma, é considerado ruído tudo aquilo que interfere na passagem ou transmissão da informação ou ainda interfere no resultado final de uma acção. A redundância é o meio mais eficaz no combate ao ruído.
Informação
A manipulação, o processamento e a organização de dados, são aquilo a que chamamos de informação. Como a própria palavra diz, é aquela que informa, dá o conhecimento, descreve. Por exemplo, um turista chega a uma cidade desconhecida e procura informações sobre um monumento a visitar, a informação que necessita, é a discrição de vários factores, como o local, como chegar até ao local, etc.. Então perante isto a informação é considerada como a mensagem que chega ate o receptor.
No nosso dia a dia estamos constantemente a receber e a partilhar informação, ao ver-mos televisão, ao ler, a conversar, ou seja estamos em processamento de informação assim como na manipulação, na organização, na produção de informação.
Assim, a distinção entre comunicação e informação é evidente. Em primeiro lugar ambas estão sobre interligação, pois não podemos comunicar se não tivermos informação, mas por outro lado se não informar-mos não existe a comunicação.
